Geração Sanduíche: Como equilibrar trabalho, filhos e o cuidado com os pais idosos

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Tempo de leitura: 4 Min

Imagine a rotina em que você acorda cedo, organiza a casa, prepara as crianças para a escola, trabalha o dia todo e, no fim da tarde, ainda leva o pai idoso a uma consulta médica. Muitos brasileiros vivem exatamente esse cenário – estão no “recheio” de um sanduíche geracional, cuidando ao mesmo tempo dos filhos e dos pais. Essa é a geração sanduíche, uma parcela cada vez mais comum da população. Em 2019, por exemplo, 54,1 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais cuidavam de algum parente ou morador do domicílio. Já em 2022, estimativas indicam que mais de um terço da população se encontra nessa situação, sendo 51% mulheres.

Essa “dupla jornada” de trabalho remunerado e cuidado familiar impõe desafios enormes no campo emocional, físico e financeiro. Estudos apontam que a sobrecarga crônica pode levar a estresse, ansiedade e depressão. Não é surpresa que 1 em cada 5 adultos de meia-idade relate sofrimento de saúde mental ligado a essas pressões.

A boa notícia é que, embora não haja solução mágica, algumas estratégias práticas podem aliviar o peso. A seguir, apresentamos cinco dicas focadas em organização do dia a dia, divisão de tarefas e cuidado com a saúde mental, pensadas especialmente para quem vive na pele os desafios da geração sanduíche.

1. Organize sua rotina e estabeleça prioridades

Tente planejar as tarefas do cuidado como um projeto. Ferramentas simples ajudam muito: mantenha uma agenda familiar compartilhada – pode ser um calendário digital ou um quadro na cozinha – anotando consultas, horários de medicamentos, compromissos escolares e prazos de trabalho em um só lugar.

Use checklists e planners. Combine isso com aplicativos que permitem compartilhar listas em tempo real.

Estabelecer prioridades também significa aceitar que nem tudo será feito como antes. Dizer alguns “nãos” é necessário. Uma rotina realista previne a sobrecarga.

2. Divida tarefas e responsabilidades com a família

Não tente abraçar todas as responsabilidades sozinho(a). Envolva outros familiares no cuidado. Se você tem irmãos, proponha uma divisão de tarefas. Revezar faz bem. Dentro de casa, busque apoio do cônjuge e, se possível, dos filhos mais velhos.

Reuniões familiares periódicas são ótimas para alinhar a rotina. Um grupo de WhatsApp exclusivo para questões de cuidado também pode ajudar.

3. Aproveite ferramentas e tecnologia a seu favor

  • Lembretes eletrônicos de medicamentos e consultas.
  • Organizadores físicos (pillbox) e calendários digitais compartilhados.
  • Aplicativos para coordenar cuidados familiares.
  • Telemedicina e suporte online para otimizar tempo.

Tecnologia não substitui o carinho, mas pode aliviar o peso administrativo do cuidado.

4. Cuide da sua saúde mental e evite a sobrecarga

Não negligencie sua própria saúde. Estabeleça momentos diários para si, faça pausas com apoio da rede familiar, crie rituais de bem-estar e converse sobre seus sentimentos. Se necessário, busque apoio psicológico.

Autocompaixão é essencial: você está fazendo o melhor que pode.

5. Busque apoio extra quando precisar

Se as demandas ultrapassarem sua capacidade, considere:

  • Contratar um cuidador profissional
  • Buscar programas de apoio da prefeitura ou ONGs
  • Conversar com o gestor sobre flexibilizações
  • Participar de grupos de apoio ou redes de vizinhos

Uma ajuda extra está a caminho: conheça a Lia

A Lia é uma assistente virtual criada para ajudar você a organizar o cuidado de seus pais. Em breve, com o app, você poderá:

  • Centralizar informações dos cuidados em um só lugar
  • Criar lembretes de medicamentos e consultas
  • Dividir tarefas entre familiares

Cadastre-se na lista de espera para ser avisado quando o app estiver disponível.

Com apoio da família, organização e tecnologia, é possível atravessar essa fase com mais leveza e qualidade de vida.

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